quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Nova Geração de Turbinas Offshore

 A LM Wind Power, fabricante de pás para turbinas eólicas, anunciou que está desenvolvendo aquelas que se tornarão as maiores pás para aplicações offshore - parques instalados em alto mar - do mundo. A companhia assinou contrato com a Alstom, que utilizará o produto em sua nova série de aerogeradores offshore, que trará máquinas com 6MW de potência. O modelo da LM deve estar pronto para ser adotado em usinas piloto ao redor da Europa entre 2011 e 2012.
A notícia aparece em seguida a diversos anúncios de fabricantes que também estudam o lançamento de aerogeradores offshore com capacidade na casa dos 6MW. Nesse sentido, a espanhola Gamesa iniciou estudos em um centro tecnológico nos Estados Unidos para criar máquinas com potência acima de 5MW. Nesta semana, a Sinovel, líder chinesa no mercado de aerogeradores, também falou em lançar em breve um modelo de 6MW. Na frente ainda aparece a dinamarquesa Vestas, que marcou para 30 de março uma coletiva de imprensa na qual deve apresentar seu modelo de turbina.
Atualmente, os aerogeradores offshore mais potentes estão na casa dos 3MW. Os novos produtos na área acompanham o crescimento do mercado. Em 2009, a energia eólica offshore cresceu 54% na Europa, e a expectativa é de que os números de 2010 apontem uma alta de até 75% da fonte no continente. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos, segundo país com maior potência eólica instalada no mundo, deram a autorização para a construção de sua primeira usina offshore e acenaram para maiores investimentos na tecnologia.
 

Gaia Energia, do Grupo Bertin, fora de Belo Monte

A Gaia Energia, empresa do Grupo Bertin, decidiu sair da Norte Energia, companhia formada pelos investidores que arremataram a concessão para construção e futura operação da hidrelétrica de Belo Monte (11.233MW). A companhia detinha 9% de participação na usina, que será implantada no rio Xingu, no Pará. A Bertin, porém, lembra que a construtora Contern, que também faz parte de seu conglomerado, continua no empreendimento, com uma parcela de 1,25% da Norte Energia.
"Vamos focar nossos recursos nos projetos térmicos que estão em implementação", afirmou José Malta, CEO da Bertin. Segundo ele, a saída da Gaia não está associada a problemas na viabilidade da hidrelétricas. "É um projeto excelente e rentável", assegura Malta. As termelétricas citadas pelo CEO da companhia estão com cronograma atrasado e chegaram a render uma punição da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da qual a empresa recorreu.
A Bertin alega que a agência e o Ministério de Minas e Energia demoraram a assinar a outorga para as plantas, o que adiou as obras. O recurso já foi levado à discussão em reunião de diretoria do órgão regulador, mas a decisão foi por um melhor estudo do caso antes de uma decisão.
A Gaia Energia era o sócio autoprodutor da Norte Energia. Conforme explicitado no edital do leilão de Belo Monte, os consórcios que fossem disputar o empreendimento precisavam destinar ao menos 10% do negócio para sócios autoprodutores. Agora, cabe à Norte Energia encontrar novos interessados em adquirir essa parcela na hidrelétrica do Xingu.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Indios Enawene Nawe e Empreiteiras Discutem Verbas Compensatórias.

Cleber Batista

O encontro ocorreu no auditório da secretaria de assistência social de Juína. Vários indígenas acompanharam o debate. “Eles querem garantir recursos para investir em práticas realizadas nas aldeias”, contou Antônio Carlos de Aquino gerente regional da Funai.
Representantes das empresas Juruena Energia, Energia Maggi e líderes indígenas, depois de muita conversa chegaram a um acordo. “Nós queremos ser parceiros dos povos, porém eles tem de entender que tudo evolui , precisamos aproveitar o potencial que será útil para toda sociedade”, opinou Nildo Nunes representante da Juruena Energia.
Um estudo sobre os possíveis impactos no Rio Juruena, região onde estão sendo construídas pelo menos 8 PCHs está sendo realizado pela Funai. “O propósito é avaliar que impactos as obras podem ou não trazer para os povos que habitam a região”, informou Vivian Souza assessora da Funai Brasília.
O acordo entre as empreiteiras garantirá que os indíos possam tem recursos que serão investidos na estrutura dos rituais de pesca que acontece nos rios existententes nas aldeias. Eles alegam que precisam ser compensados pelos impactos ambientais que as obras tem proporcionado. “Temos preocupações de garantir a tradição dos nossos povos” contou Dalyamacê Enawene líder indígena.
O Programa Básico Ambiental (PBA) já possibilitou repasses de recursos aos nativos. O acordo entre a Associação dos Povos Indígenas Enawene nawe, a Funai e as Empreiteiras já garantiram recursos da ordem de R$ 1,5 milhão. O novo acordo firmado vai garantir mais R$ 125 mil que serão parcelados até o mês de julho. “Outros acordos firmados estão rigorasamente sendo cumpridos, queremos a harmonia e o diálogo com os indíos”. Informou Frederico Müller representante da Energia Maggi.
Estão em processo de finalização as obras de 8 PCHs, outras 3 deverão ser começadas assim que parte dos estudos em andamento forem concluídos. Todas são da iniciativa privada, cinco  pertecem a Juruena Energia e três a Energia Maggi. Pequena Central Hidrelétrica, ou abreviado simplesmente por PCH, é toda usina hidrelétrica de pequeno porte cuja capacidade instalada seja inferior a 30 MW.
  

Grupo Brennand dará início às obras da nova PCH em Lucas do Rio Verde

Deverá ter início ainda no ano de 2011 a construção de uma nova PCH (Pequena Central Hidrelétrica) no rio Verde. O local onde a Hidrelétrica “Foz do Cedro” do Grupo Brennand deverá ser instalada fica 30 quilômetros abaixo da PCH Canoa Quebrada.

De acordo com informações passadas pelo prefeito Marino Franz, em coletiva a imprensa, pelo menos 60% da área que será alagada para atender as instalações da Hidrelétrica já foi comprada pelo Grupo Brennand e só está faltando agora uma licença da ANEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), para que as obras sejam iniciadas. 

“Estamos intercedendo junto a ANEL para que a mesma dê o parecer positivo e as obras iniciem ainda esse ano. A PCH Foz do Cedro terá capacidade para produzir 30 MW e irá contribuir através da geração de energia, com o desenvolvimento da nossa região”, afirmou Franz.

A energia produzida pela PCH “Foz do Cedro” será distribuída para a cidade de Lucas do Rio Verde através da nova subestação que deverá ser construída pela Eletronorte, ainda esse ano. 

Fonte: ExpressoMT/Danieli Marcante e João Ricardo

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Tapes terá Parque Eólico de R$ 1,2 Bilhões.

Tapes, a 103 km ao sul de Porto Alegre, vai receber um parque eólico de R$ 1,2 bilhão da espanhola Impel.
 
Segundo informações da Zero Hora desta terça-feira, 15, o negócio prevê a construção de um parque eólico com capacidade para gerar 588 megawatts (MW) de eletricidade.
 
As medições realizadas na cidade durante os últimos 12 meses confirmaram o potencial de geração do vento, avaliado como superior a Osório, onde a capacidade é de 150 megawatts (MW).
 
O projeto, que será iniciado pela localidade de Santa Lúcia, prevê a instalação de 20 parques com 14 aerogeradores cada um. No total, deverão ser instaladas 280 torres de geração de eletricidade. Osório tem 75, compara a ZH.
 
O projeto de Tapes poderá ser acelerado dependendo do resultado do próximo leilão de energia renovável, marcado pelo Ministério das Minas e Energia para o segundo trimestre do ano.
 
A expectativa é de uma compra de 2 mil MW por parte do governo, entre energia eólica, termelétricas a biomassa, hidrelétricas e gás natural.
 
O CEO da indiana Suzlon, parceira da Impel na empreitada, terá uma reunião com o governador Tarso Genro nesta quarta, 15, com o objetivo de convencer o governo a “facilitar” a montagem de uma fábrica de componentes para aerogeradores, incluindo capacitores eletrônicos de alta tecnologia.

A Energia das Marés

A maior turbina movida a energia de marés do mundo será testada na Escócia.
Criada pela empresa Atlantis Resources, a turbina AK-1000 será instalada para testes no Centro Europeu de Energia Marinha em Orkney, na Escócia.
Segundo a empresa a turbina subaquática foi desenvolvida para suportar a pressão das mais fortes correntes marinhas.
Com hélices de 18 m de diâmetro, mais de 22 m de altura e 1,3 mil toneladas, ela pode gerar até 1 MW de eletricidade, o suficiente para abastecer cerca de mil casas.
A empresa também afirma que por causa de sua baixa velocidade, a turbina não causará danos à vida marinha.
Se passar nos testes, a turbina poderá ser a primeira de muitas a serem instaladas na costa da Escócia.
Ao longo dos últimos anos, a Grã-Bretanha vem desenvolvendo uma espécie de rede de distribuição de energia submarina, conhecida como WaveHub, para viabilizar a exploração da energia das ondas e das marés.
  

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A Razão das Hidrelétricas

O setor elétrico brasileiro está sob duplo bombardeio na mídia. Têm ocorrido quedas de energia elétrica com frequência acima do normal. Não há falta de capacidade instalada, como no racionamento de energia em 2001. Na época, faltaram investimentos para expansão do sistema; hoje, o problema está na transmissão e na distribuição.
Por outro lado, os ambientalistas criticam a construção de Belo Monte. No fundo, a questão não é Belo Monte, mas fazer ou não hidrelétricas de potência significativa, em particular na região Norte, onde está a floresta amazônica, foco de justas preocupações ambientais.
Está na região Norte a maior parte do potencial hidrelétrico do Brasil, que possui os maiores recursos hídricos do planeta: 8,2 km3/ano, seguido da Rússia, com apenas 4,5, e do Canadá, com 2,9. Apesar disso, ficamos em quarto lugar em capacidade instalada de hidrelétricas, atrás de China, EUA e Canadá.
Usamos apenas cerca de 30% do potencial hidrelétrico nacional, percentual este que supera 70% na Noruega, seguida de perto por Japão, Canadá e EUA. Entretanto, a hidroeletricidade representa 85% da nossa geração elétrica, só superada pelo Paraguai e pela Noruega.
Deve o país abrir mão de utilizar essa energia? Creio que não. Mas não pode fazê-lo a qualquer preço.
Devem ser cumpridas as restrições ambientais necessárias. O preço da energia de Belo Monte é de R$ 68/MWh, enquanto nas termelétricas novas é de R$ 140/MWh, e há antigas que chegam a R$ 400/ MWh quando operam em caso de escassez de água nas hidrelétricas.
O investimento previsto é de R$ 20 bilhões, definidos no leilão, embora documento do consórcio vencedor fale agora em R$ 26 bilhões, pretendendo vender 20% da energia para consumidores livres a preço maior. Aí está um problema a ser resolvido pelo consórcio, pois deverá ser obrigado a manter o preço de R$ 68/MWh para a rede pública.
A área inundada se restringe praticamente àquela que o rio já ocupa na sua variação sazonal. Ela tem 516 km2, bem menor que Itaipu, com 1.300 km2. A usina de Balbina tem 0,1 W/m2 e Tucuruí tem 2,9 W/ m22: Belo Monte terá 21 W/m2.
Mas há um problema, que é a redução da água na Volta Grande do Xingu, o que preocupa moradores ribeirinhos. A solução é garantir uma vazão mínima. Não haverá reservatório para acumulação, como fazem as hidrelétricas antigas do sistema interligado. Para reduzir os impactos, perdeu-se a capacidade de regularizar a vazão, reduzindo a energia assegurada. A potência máxima de Belo Monte é de 11 GW e a média é de 4,6 GW. A relação desses dois valores dá o fator de capacidade de 42%, bem menor que os de Jirau e de Santo Antônio.
Entretanto, em geral, as hidrelétricas brasileiras têm fator de capacidade pouco acima de 50%. Esse fator é de, em média, 21% nas hidrelétricas na Espanha, de 32% na Suíça, de 35% na França e no Japão, de 36% na China e de 46% nos EUA.
A operação de Belo Monte não pode ser vista isoladamente, pois ela estará no sistema interligado, no qual há transmissão de energia de uma região às outras. Quando Belo Monte gerar 11 GW, ela vai economizar água em reservatórios de outras usinas, que reduzirão sua geração. E essa água guardada permitirá gerar energia adicional nessas usinas.
É natural que os ambientalistas pressionem o governo. Apoiei a então ministra do governo Lula, Marina Silva, quanto às exigências impostas para as usinas do rio Madeira. No final, chegou-se a uma solução para o licenciamento de Jirau e de Santo Antônio pelo Ibama.
Há anos, obras como a de Tucuruí produziram impactos muito grandes. O canteiro de obra causou uma concentração de pessoas abandonadas à própria sorte após a obra. Isso tem de ser evitado.


Fonte: IHU/Unisinos

Impasse paralisa obras de construção da Hidrelétrica de Dardanelos

A Usina Hidrelétrica de Dardanelos (261MW), no rio Aripuanã, tinha previsão de iniciar sua operação comercial em janeiro de 2011. A Energética Águas da Pedra (EAPSA), empresa que tem como acionistas as empresas Neoenergia (51%), Eletrobras Chesf ( 24,5%) e Eletrobras Eletronorte (24,5%) responsável pela construção e operação da usina, porém, não conseguirá cumprir o cronograma devido ao atraso nas obras da linha de transmissão que conecta produção da planta no sistema interligado nacional - SIN.


A empresa enviou pedido à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para isenção das obrigações de cumprimento de contratos de comercialização da energia da hidrelétrica e de recomposição de lastro no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
O pedido da empresa se baseia no argumento de que a linha de transmissão - cuja obra ficou a cargo da Empresa Brasileira de Transmissão de Energia (EBTE) - deveria ter entrado em operação em 16 de junho de 2010, o que não se cumpriu.

A EAPSA afirma que tem informado à Aneel, desde agosto de 2010, que a usina já tem condições de iniciar a geração de energia, mas que o atraso na linha impede a operação comercial das turbinas. A empresa alega que o problema da linha não é de sua responsabilidade e pede à Aneel que não suspenda o recebimento, por sua parte, das receitas dos contratos já celebrados, e que a dispense de obrigações estabelecidas nesses acordos.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

França planeja construção de usina nuclear submarina

O grupo francês DCNS (Direction des Constructions Navales et Services) anunciou que está começando a detalhar o projeto de construção de reatores nucleares submarinos, para fornecer eletricidade para regiões costeiras.
Em comunicado, o estaleiro afirma que o projeto, batizado de FlexBlue. é uma "resposta aos desafios da crescente demanda global de energia e dos renovados interesses na energia nuclear, que reduz a emissão de gases de efeito estufa e ajuda a poupar os combustíveis fósseis".
Os estudos deverão durar dois anos, e só depois disso a empresa decidirá sobre a construção de um protótipo.
Reator submarino
A usina nuclear submarina será uma espécie de submarino estacionário, com 100 metros de comprimento e de 12 a 15 metros de diâmetro.
Ela ficará no leito oceânico, a uma profundidade entre 60 e 100 metros. A água do mar serviria como um gigantesco radiador, um meio de resfriamento ilimitado para a usina. O quanto esse calor impactaria a vida marinha ao redor ainda é uma questão a ser estudada.
Com uma massa de 12.000 toneladas, o FlexBlue terá em seu interior o reator nuclear, semelhante ao usado em submarinos e navios quebra-gelo, um turbo- alternador e todos os sistemas auxiliares de potência.
A energia gerada será levada por meio cabos submarino até o continente. Cada reator FlexBlue poderá gerar de 50 a 250 MW.
Destacando que três quartos da população do mundo vivem a até 80 quilômetros da costa, a DCNS afirma que o reator submarino poderá ficar a uma distância entre cinco e 15 km da costa.
França planeja construção de usina nuclear submarina
Segurança
Depois de fabricado em um estaleiro, o FlexBlue será levado de navio até o ponto de instalação. Acionado por motores próprios, ele será guiado por controle remoto até seu ponto definitivo de instalação.
Recentemente a Rússia apresentou o projeto de uma usina nuclear flutuante.
Mas a DCNS afirma que uma usina submarina é mais segura, por não estar sujeita a terremotos, tsunamis ou enchentes e por ser menos vulnerável a "ataques voluntários". No caso de defeitos, a usina-submarino vai até a superfície, onde é recolhida por um navio e levada ao estaleiro para conserto.

Rali de Barcos Movidos a Energia Solar

Começou neste domingo, em Florianópolis, o Desafio Solar Brasil. O campeonato de barcos elétricos abastecidos com energia solar vai até o próximo sábado, no Lagoa Iate Clube (LIC), na Capital. O evento é uma oportunidade de testar projetos de universidades brasileiras que pesquisam a tecnologia para que, no futuro, possamos ter embarcações não poluentes para uso comercial.

Participam das provas barcos dos Departamentos de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) —campus Florianópolis — e de Engenharia da Mobilidade — Joinville —, além de outros 10 montados por instituições do Rio de Janeiro.

Inspirado no Frisian Solar Challenge - competição realizada a cada dois anos na Holanda, a versão brasileira foi criada pelo Pólo Náutico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que organizou o evento em 2009, em Paraty. São duas categorias: monocascos e catamarãs (embarcações com dois cascos). Das equipes, a que somar o melhor tempo final é a vencedora. A disputa é uma forma de fazer os universitários buscarem a superação nos projetos para beneficiar o meio ambiente. 


O barco de seis metros de comprimento por 2,3 metros de largura conta com seis placas de silício, responsáveis por captar a energia solar — que é transformada em elétrica — e carregar as baterias. Quando está na água, também faz o motor elétrico, que é ligado à hélice, trabalhar e movimentar o barco. Para potencializar a velocidade da embarcação, os cascos são feitos de materiais leves, como fibra de vidro. O modelo chega a uma velocidade de 15 quilômetros por hora.


O Laboratório de Energia Solar (Labsolar) da UFSC está desenvolvendo um barco com capacidade para cinco pessoas para ser utilizado pelo Instituto Ekko Brasil, que monitora as lontras da Lagoa do Peri. Como trata-se de uma área de proteção permanente (APP), é proibido o uso de embarcações movidas a combustível. O projeto vai facilitar o trabalho dos pesquisadores, que hoje utilizam canoas para percorrer os 5,2 quilômetros quadrados da lagoa. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) liberou uma verba de R$ 100 mil para o projeto.

UHE jirau realiza 120 mil m³ de concretagem em dezembro

A Usina Hidrelétrica Jirau atingiu em dezembro de 2010 a marca de 120 mil m³ de concreto realizado. Essa quantidade de concreto é suficiente para a construção de um estádio e meio do tamanho do Maracanã e foram necessárias 22 mil viagens de caminhões tipo betoneira, que enfileirados compreende uma distância aproximada de 130 km. 
O número alcançado é resultado do ritmo acelerado da obras civis, sob responsabilidade da construtora Camargo Corrêa e fiscalizadas pela Leme Engenharia. A UHE Jirau está prevista para funcionar a plena capacidade em junho de 2014, data que já terão sido empregados 2,7 milhões de m³ de concreto. 
“Estamos trabalhando em ritmo acelerado, atendendo às normas técnicas de segurança exigida, para garantirmos o desenvolvimento econômico e energético do Brasil. O vertedouro da margem direita deve ficar pronto em junho de 2011, quando desviaremos o curso do rio Madeira”, explica José Antônio Zanotti, gerente executivo da obra. 
O vertedouro é constituído de 18 vãos e 19 pilares. Para a construção de cada pilar são necessários 8 mil metros cúbicos de concreto e de 60 dias para a sua realização. “O vertedouro quando pronto terá a capacidade de absorver uma vazão de 82 mil m³ de água por segundo, quantidade suficiente para encher 33 piscinas olímpicas por segundo”, enfatiza Zanotti. 
A Usina Hidrelétrica Jirau é um empreendimento da Energia Sustentável do Brasil. Atualmente, 20 mil profissionais estão no canteiro de obras. Localizada a 130 km de Porto Velho, capital de Rondônia, a usina de 3.700 MW iniciará a geração comercial de energia em 2012. A plena capacidade, irá gerar eletricidade suficiente para abastecer 10 milhões de residências.

ERSA coloca 10ª PCH em operação

A ERSA (Energias Renováveis S.A) colocou em operação sua décima pequena central hidrelétrica, a PCH Barra da Paciência, que com 23 MW de potência é o maior empreendimento da companhia. Localizada na região leste do Estado de Minas Gerais, entre os municípios de Açucena e Gonzaga, a PCH recebeu investimentos de R$ 135 milhões. O reservatório é de 51,2 hectares, duas turbinas horizontais Francis e foi construída em 22 meses.

Com a PCH Barra da Paciência a empresa alcança a marca dos 147 MW instalados, que no total receberam investimentos de aproximadamente R$ 900 milhões, sendo mais de R$ 600 milhões no Estado de Minas Gerais. Três usinas estão instaladas em Santa Catarina.

Até fevereiro, a ERSA terá 11 usinas em operação nos dois Estados e 154,5 MW de potência, triplicando sua capacidade instalada em relação a 2009. De acordo com o presidente da ERSA, Roberto Sahade, o planejamento da companhia prevê forte crescimento, no curto e médio prazos, e os investimentos serão cada vez mais intensivos. “Além da implementação dos empreendimentos programados no segmento hidráulico (PCHs) e eólico, a ERSA investe também no desenvolvimento de novos projetos, fazendo medições de vento e inventários de rios em várias regiões do País, inclusive em Minas Gerais.” 

Outros seis projetos de PCHs estão em fase de preparação. No total, estes projetos têm capacidade de 107 MW com investimentos previstos de R$ 700 milhões e devem ter parte de sua energia comercializada já em 2011, para, na sequência, dar início às obras. Ao todo, a ERSA reúne um portfólio de 18 pequenas centrais hidrelétricas em diferentes fases: operação, construção e preparação para construção, e onze parques eólicos, todos localizados no Nordeste do País. Quatro deles terão sua construção iniciada em 2011.

Dedicada exclusivamente à geração de energias limpas, a ERSA tem sua atuação pautada pelo compromisso com a conservação do meio ambiente e com o desenvolvimento sustentável das regiões onde atua. A empresa só inclui em seu portfólio projetos de geração de energia que, comprovadamente, tenham baixo impacto socioambiental e que contribuam para a redução das emissões de gases de efeito estufa.