Perigos e possibilidades das usinas nucleares foras discutidas nesta quarta-feira em Brasília
Por Pablo Peixoto
As diferenças geológicas e de características entre as usinas nucleares do Brasil e do Japão foram usadas como justificativa em defesa do Programa Nuclear Brasileiro em audiência pública, realizada pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Na audiência estavam presentes representantes da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e da Eletrobras Termonuclear (Eletronuclear). Durante a reunião foi apresentada a estrutura do sistema implantado no Brasil, bem como as medidas já utilizadas e em estudo para garantir a segurança e a melhoria do sistema, informou o site do Ministério da Ciência e Tecnologia
O presidente da INB, Alfredo Tranjan, mostrou aos deputados detalhes do funcionamento das Usinas de Angra 1 e Angra 2, além das metas para ampliação do setor. Ele explicou que o Brasil trabalha com um sistema moderno e de gestão integrada, além de seguir orientações de especialistas e certificações internacionais. O presidente da Cnen, Odair Gonçalves, esclareceu dúvidas relacionadas aos possíveis riscos à saúde no caso de exposição à radiação.
O presidente da Eletronuclear, Othon Silva, lembrou que o Brasil está no meio de uma grande placa tectônica, o que torna mais improvável a ocorrência de um terremoto com a mesma magnitude do evento registrado no Japão. “Agregar energia na nossa matriz de energia elétrica é fundamental para a transformação deste país. Não podemos nos dar o luxo de descartar a energia nuclear e nem usá-la de forma irresponsável, colocando em risco a nossa população. É um momento de reflexão, de aprendizagem e de humildade”, concluiu Silva.