terça-feira, 28 de junho de 2011

Energia nuclear está morta?


Novos projetos sugerem que não
Depois do derretimento nuclear da usina Fukushima Daiichi jo Japão, em março, diversos países anunciaram planos de rejeitar a energia nuclear. O Japão não vai mais construir reatores. A Alemanha planeja ir desligando gradualmente os seus. A Suíça não irá substituí-los, e  os italianos votaram contra as usinas em um plebiscito.
A  Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) realizou na semana passada uma conferência de emergência para identificar as principais lições de Fukushima. Mas isto significa que o renascimento do interesse nesta fonte de energia na última década chegou ao fim?
Os dados da IAEA sugerem que não. Ela lista 65 reatores em construção, e estes números são apenas a ponte de um iceberg, porque não incluem contratos de construção ou usinas em planejamento. E nem envolve o significado de os Emirados Árabes Unidos serem o primeiro país a adotar a energia nuclear desde a China, em 1985: a nação assinou um acordo com um consórcio liderado pela Korea Electric Power Corporation para a construção de quatro reatores. A Arábia Saudita segue a mesma trilha, depois de ter anunciado no começo deste mês que iria construir 16 reatores até 2030. A Turquia planeja construir dois.
Dezenas de outros países registraram interesse pela opção nuclear junto à IAEA, embora poucos devam seguir adiante, segundo Jessica Jewell, da Universidade da Europa Central, em Budapeste.
Jewell coletou dados sobre programas estabelecidos para saber o que os fez optar pela energia nuclear. Quando começaram a construir usinas, estes países tinham uma grade de eletricidade robusta, governos eficazes e estáveis e grandes economias que podiam bancar os custos de implantação.
Dos 52 países que pediram à IAEA que os ajudasse a começar um programa nuclear, dez obedeciam a estes critérios. Outros dez tinham motivação e recursos mas eram politicamente instáveis. Este segundo grupo inclui o Egito – que, dos cinco países do norte da África com tais pretensões, seria o mais provável de adotá-lo. Mas a incerteza política torna o país uma opção improvável.

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