Tapajós Por Luciano Costa
Um grupo de companhias sediadas no Paraná pretende se juntar para entrar nos próximos leilões de hidrelétricas promovidos pelo governo. O consórcio seria liderado pela estatal Copel, que vem participando com lances ousados nos certames mais recentes, e pela J. Malucelli, que está presente na Norte Energia, empresa que resultou do grupo vencedor da disputa pela usina de Belo Monte, que será construída no Pará.
A J. Malucelli quer estar presente na formação com sua subsidiária de energia, como investidora, e com a de construção, que se juntaria a outras empreiteiras, com quem o consórcio fecharia pré-contratos antes de entrar na disputa pelos empreendimentos. Esse último grupo também deve contar com CR Almeida e Cesbe - duas construtoras sediadas em Curitiba.
"É um consórcio paranaense. Vamos disputar todos os leilões que houver", adianta o diretor de energia da J. Malucelli, Theóphilo Garcez. O executivo lembrou que uma prévia desse consórcio já apareceu no primeiro A-5 deste ano, promovido em julho. Na ocasião, a Copel arrematou a concessão da hidrelétrica Colíder, que será implantada no rio Teles Pires. A estatal apareceu sozinha como investidora, mas posteriormente revelou que já havia fechado uma estrutura pré-contratada de parceiros na qual constavam J. Malucelli, CR Almeida e outras empresas, como Impsa e Engevix.
Após vencer a licitação da UHE Colíder, a Copel afirmou que a usina era vista pela companhia como uma porta de entrada para as outras hidrelétricas que o governo pretende leiloar no rio Teles Pires. A estatal acredita que o fato de já estar presente na região será um fator importante para ganhar competitividade nessas outras disputas. Garcez, da J. Malucelli, tem a mesma análise. "Como somos os únicos já situados no Teles Pires, com esse consórcio, temos grande chance de alavancar o resto (dos projetos). Vamos participar muito fortes (dos certames)", garante o executivo.
Garcez ainda afirma que o consórcio paranaense também está de olho na hidrelétrica de São Luiz do Tapajós (6.133MW), a maior prevista no Plano Decenal de Energia para ser licitada até 2019. O certame dessa planta deve ser marcado no próximo ano. O executivo, porém, negou rumores publicados na imprensa sobre uma conversa com as empreiteiras Serveng e Mendes Júnior, que estão junto à J. Malucelli em Belo Monte. O diretor afirma uma aproximação visando os novos projetos não aconteceu "nunca" e que a vontade é manter um grupo com as empresas que já apareceram em Colíder.
Fonte: Jornal da Energia
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