segunda-feira, 7 de março de 2011

Consórcio paranaense promete entrar em todos leilões hidrelétricos

Tapajós Por Luciano Costa
Um grupo de companhias sediadas no Paraná pretende se juntar para entrar nos próximos leilões de hidrelétricas promovidos pelo governo. O consórcio seria liderado pela estatal Copel, que vem participando com lances ousados nos certames mais recentes, e pela J. Malucelli, que está presente na Norte Energia, empresa que resultou do grupo vencedor da disputa pela usina de Belo Monte, que será construída no Pará.
A J. Malucelli quer estar presente na formação com sua subsidiária de energia, como investidora, e com a de construção, que se juntaria a outras empreiteiras, com quem o consórcio fecharia pré-contratos antes de entrar na disputa pelos empreendimentos. Esse último grupo também deve contar com CR Almeida e Cesbe - duas construtoras sediadas em Curitiba.
"É um consórcio paranaense. Vamos disputar todos os leilões que houver", adianta o diretor de energia da J. Malucelli, Theóphilo Garcez. O executivo lembrou que uma prévia desse consórcio já apareceu no primeiro A-5 deste ano, promovido em julho. Na ocasião, a Copel arrematou a concessão da hidrelétrica Colíder, que será implantada no rio Teles Pires. A estatal apareceu sozinha como investidora, mas posteriormente revelou que já havia fechado uma estrutura pré-contratada de parceiros na qual constavam J. Malucelli, CR Almeida e outras empresas, como Impsa e Engevix.
Após vencer a licitação da UHE Colíder, a Copel afirmou que a usina era vista pela companhia como uma porta de entrada para as outras hidrelétricas que o governo pretende leiloar no rio Teles Pires. A estatal acredita que o fato de já estar presente na região será um fator importante para ganhar competitividade nessas outras disputas. Garcez, da J. Malucelli, tem a mesma análise. "Como somos os únicos já situados no Teles Pires, com esse consórcio, temos grande chance de alavancar o resto (dos projetos). Vamos participar muito fortes (dos certames)", garante o executivo.
Garcez ainda afirma que o consórcio paranaense também está de olho na hidrelétrica de São Luiz do Tapajós (6.133MW), a maior prevista no Plano Decenal de Energia para ser licitada até 2019. O certame dessa planta deve ser marcado no próximo ano. O executivo, porém, negou rumores publicados na imprensa sobre uma conversa com as empreiteiras Serveng e Mendes Júnior, que estão junto à J. Malucelli em Belo Monte. O diretor afirma uma aproximação visando os novos projetos não aconteceu "nunca" e que a vontade é manter um grupo com as empresas que já apareceram em Colíder.

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