Estado tem 49 unidades em operação e outras 11 em construção, segundo relatório da Aneel
Mato Grosso é o segundo estado brasileiro com maior número de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), cuja capacidade instalada é de até 30 megawatt (MW). Ao todo são 49 unidades em operação com capacidade de gerar 632,326 mil quilowatt (kW) de energia elétrica. A liderança é de Minas Gerais que gera 743,927 mil kW provenientes de 100 geradoras de eletricidade. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
No total, considerando outras matrizes energéticas, Mato Grosso tem capacidade para gerar 2,231 milhões kW, representando 1,96% da produção nacional, de 113,683 milhões (kW). O presidente do Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás de Mato Grosso (Sincremat), Fábio Garcia, lembra que o potencial hidráulico de Mato Grosso é motivo de atração dos investimentos. Ele explica que as PCH"s têm a vantagem de provocar menos impacto ambiental que uma Usina Hidrelétrica de Energia (UHE).
Mesmo assim, o economista doutor em Planejamento Energético, José Manuel Marta, afirma que é preciso verificar a necessidade das unidades geradoras. "Pelos impactos que causam no ambiente, é interessante analisar a demanda de energia. Não estamos trabalhando com a capacidade ociosa". Para ele, os investimentos estão acima do necessário.
Os dados da Aneel apontam que, em Mato Grosso, estão em construção outras 11 PCH"s. As unidades irão gerar 159 mil kW. A Apiaia é uma das empresas que administra PCH"s no Estado. No total, são 3 unidades com capacidade de gerar 86 megawatts. Elas estão localizadas nos municípios de Campinápolis, Nova Maringá e Lucas do Rio Verde. O diretor da empresa, Manuel Gonçalves, afirma que o interesse por Mato Grosso é disponibilidade dos recursos hídricos.
No Estado, existem 8 hidrelétricas, com capacidade geradora de 885,180 mil kW. Um dos mais recentes empreendimentos, ainda em fase de construção, é a usina de Colíder, situada no rio Teles Pires. A empresa que irá executar o projeto, a Copel, ainda tem interesse nas unidade São Manoel, com 764 MW; a Foz do Apiacás, de 174 MW e a de Sinop com capacidade para 646 MW. É o que afirma o gerente de Planejamento de Expansão de Geração da empresa, Claudio Marinho Falcão. Segundo ele, a Copel ainda está disponível para receber projetos das empresas privadas que queiram construir uma PCH e já possuem autorização da agência reguladora.
No país, nos últimos 7 anos, a capacidade instalada das usinas de pequeno porte do país cresceu quase 3 vezes. De acordo com Aneel, em 2003 a potência das PCH"s totalizava 1,151 mil megawatts (MW) e em 2010, esse número passou para 3,428 mil MW. A participação das PCH"s na matriz energética aumentou de 1,22% para 3,05% no mesmo período e a quantidade de usinas subiu de 241 para 387. Em 2010, entraram em operação 32 Pequenas Centrais Hidrelétricas, com potência total de 470,67 MW. Para este ano, está previsto o início da operação de 5 novas PCH"s.
FONTE: Gazeta DIgital
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