sexta-feira, 17 de junho de 2011

Congresso do IHA: Samek defende investimentos em novas usinas hidrelétricas

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, defendeu na manhã desta terça-feira (14), em Foz do Iguaçu, a opção do governo federal pela construção de novas usinas hidrelétricas, como as dos Rios Madeira e Tapajós, na região Norte do País. Para ele, os novos investimentos têm potencial para aliar desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente.

A entrevista, no Centro de Recepção de Visitantes (CRV) da Itaipu, reuniu jornalistas que estão na cidade para a cobertura do Congresso da IHA 2011, promovido pela Associação Internacional de Hidreletricidade (IHA, em inglês) em parceria com a própria binacional. O congresso, que começa nesta terça e vai até sexta-feira (17), é considerado o maior evento do setor hidrelétrico mundial.

“Hoje temos de agregar, a cada três anos, uma Itaipu para sustentar o nível de crescimento que queremos”, salientou o diretor-geral brasileiro, lembrando que o consumo atual de energia do brasileiro é sete vezes menor que o do norte-americano e quatro vezes e meia abaixo que a média do europeu. “Isso significa que muitos brasileiros ainda não alcançaram o nível de consumo. E, para que isso aconteça, temos que dotar o Brasil de mais energia.”

Samek lembrou somente 30% do potencial hidrelétrico são explorados no Brasil. Além disso, o País se dá ao luxo de ter disponível outras fontes de energia, como a proveniente da cana-de-açúcar e amplo potencial eólico e solar. Sem contar as fontes não renováveis. “Todos os países queriam ter a matriz larga que nós temos. Podemos escolher”, comentou.

No caso da hidroeletricidade, além de ser uma fonte limpa e renovável, existe a vantagem de ser segura e confiável. “O problema do vento é o problema da solar: de vez em quando resolve fazer greve”, brincou Samek. “Acho que a energia solar será a energia do futuro. Mas, hoje, a segurança energética está na usina hidrelétrica.”

O diretor-geral acrescentou que, além de viabilizar o crescimento econômico, os novos investimentos no setor podem melhorar a vida dos moradores das regiões atingidas e garantir a preservação do meio ambiente.

O Programa Cultivando Água Boa (CAB), apresentado na coletiva pelo diretor de Coordenação e Meio Ambiente, Nelton Friedrich, foi citado como modelo. O programa beneficia 29 municípios da Bacia do Paraná 3, contemplando uma população estimada de um milhão de habitantes. “Não há mais espaço para que empresas públicas ou privadas se ausentem da questão ambiental”, reforçou Friedrich.

Também participaram da entrevista o prefeito de Entre Rios do Oeste, Elcio Zimmermann, presidente do Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu, e Darci Miguel Schmidt, do comitê gestor da Bacia do Paraná 3.

A coletiva reuniu jornalistas de diferentes veículos de comunicação do País, entre eles os jornais Gazeta do Povo e Folha de São Paulo, as revistas Plurale e Com Ciência Ambiental, o Canal Energia, além da equipe de comunicação da IHA. Após a entrevista, parte dos profissionais de imprensa fez uma visita à usina.

Fonte: http://www.jornalofarol.com.br/ver-noticia.asp?codigo=9926

Nenhum comentário:

Postar um comentário