quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Gaia Energia, do Grupo Bertin, fora de Belo Monte

A Gaia Energia, empresa do Grupo Bertin, decidiu sair da Norte Energia, companhia formada pelos investidores que arremataram a concessão para construção e futura operação da hidrelétrica de Belo Monte (11.233MW). A companhia detinha 9% de participação na usina, que será implantada no rio Xingu, no Pará. A Bertin, porém, lembra que a construtora Contern, que também faz parte de seu conglomerado, continua no empreendimento, com uma parcela de 1,25% da Norte Energia.
"Vamos focar nossos recursos nos projetos térmicos que estão em implementação", afirmou José Malta, CEO da Bertin. Segundo ele, a saída da Gaia não está associada a problemas na viabilidade da hidrelétricas. "É um projeto excelente e rentável", assegura Malta. As termelétricas citadas pelo CEO da companhia estão com cronograma atrasado e chegaram a render uma punição da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da qual a empresa recorreu.
A Bertin alega que a agência e o Ministério de Minas e Energia demoraram a assinar a outorga para as plantas, o que adiou as obras. O recurso já foi levado à discussão em reunião de diretoria do órgão regulador, mas a decisão foi por um melhor estudo do caso antes de uma decisão.
A Gaia Energia era o sócio autoprodutor da Norte Energia. Conforme explicitado no edital do leilão de Belo Monte, os consórcios que fossem disputar o empreendimento precisavam destinar ao menos 10% do negócio para sócios autoprodutores. Agora, cabe à Norte Energia encontrar novos interessados em adquirir essa parcela na hidrelétrica do Xingu.

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