domingo, 13 de fevereiro de 2011

Rali de Barcos Movidos a Energia Solar

Começou neste domingo, em Florianópolis, o Desafio Solar Brasil. O campeonato de barcos elétricos abastecidos com energia solar vai até o próximo sábado, no Lagoa Iate Clube (LIC), na Capital. O evento é uma oportunidade de testar projetos de universidades brasileiras que pesquisam a tecnologia para que, no futuro, possamos ter embarcações não poluentes para uso comercial.

Participam das provas barcos dos Departamentos de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) —campus Florianópolis — e de Engenharia da Mobilidade — Joinville —, além de outros 10 montados por instituições do Rio de Janeiro.

Inspirado no Frisian Solar Challenge - competição realizada a cada dois anos na Holanda, a versão brasileira foi criada pelo Pólo Náutico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que organizou o evento em 2009, em Paraty. São duas categorias: monocascos e catamarãs (embarcações com dois cascos). Das equipes, a que somar o melhor tempo final é a vencedora. A disputa é uma forma de fazer os universitários buscarem a superação nos projetos para beneficiar o meio ambiente. 


O barco de seis metros de comprimento por 2,3 metros de largura conta com seis placas de silício, responsáveis por captar a energia solar — que é transformada em elétrica — e carregar as baterias. Quando está na água, também faz o motor elétrico, que é ligado à hélice, trabalhar e movimentar o barco. Para potencializar a velocidade da embarcação, os cascos são feitos de materiais leves, como fibra de vidro. O modelo chega a uma velocidade de 15 quilômetros por hora.


O Laboratório de Energia Solar (Labsolar) da UFSC está desenvolvendo um barco com capacidade para cinco pessoas para ser utilizado pelo Instituto Ekko Brasil, que monitora as lontras da Lagoa do Peri. Como trata-se de uma área de proteção permanente (APP), é proibido o uso de embarcações movidas a combustível. O projeto vai facilitar o trabalho dos pesquisadores, que hoje utilizam canoas para percorrer os 5,2 quilômetros quadrados da lagoa. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) liberou uma verba de R$ 100 mil para o projeto.

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