No último leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para contratação de energia gerada por fontes alternativas em 2010, o Ceará conseguiu aprovar apenas cinco projetos. A nova edição do leilão, em agosto deste ano, é a chance de se recuperar. Serão lançados 103 projetos somando 2,42 mil megawatts (MW) de capacidade instalada.
No ano passado, o Rio Grande do Norte levou a melhor e o Ceará espera recuperar os investimentos perdidos. Impasses ambientais foram considerados o maior motivo para a queda de projetos cearenses. A participação do estado em leilões do setor caiu 88,57% entre 2004 e 2010. O Ceará respondia por 63,9% dos contratos assinados e no ano passado, o percentual caiu para 7,3%.
Os projetos inscritos no leilão este ano somam 27,56 mil mw de capacidade instalada, entre térmicas a gás natural e a biomassa, usinas eólicas, pequenas centrais hidrelétricas (PCH) em duas categorias: A-3 e energia de reserva (LER). O primeiro leilão (A-3) será aberto a todas as fontes de energia para empreendimentos que entrarem em operação a partir de 2014. O LER será destinada exclusivamente para a energia eólica e a biomassa.
Reunião
Secretários estaduais ligados ao setor de energias do Ceará e Piauí se reuniram ontem com representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A reunião, que contou com representantes do Ministério das Minas e Energia, da Coelce, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Agência Reguladora dos Serviços públicos Delegados do Ceará (Arce) e representantes da classe empresarial decidiu a criação de grupos de trabalho para analisar a situação da energia no nordeste.Adail Fontenele, secretário estadual da Infraestrutura, disse que os principais problemas levantados foram a deficiência em alimentação de energia, problemas de ordem ambiental e limitações de algumas empresas.
Para Adail, o cenário atual de engenharia no Nordeste é de progresso acelerado, com novas linhas de transmissão de energia.
Entre os projetos futuros, está a intenção de criar pequenas centrais hidrelétricas (PCH). O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp disse que a previsão é de que reuniões como essa aconteçam a cada três meses para discutir assuntos pontuais e propostas a longo prazo.
Em relação ao andamento dos grupos de trabalho para a Copa 2014, Adail disse que o ministério de Minas e Energia encomendou oito relatórios, um para cada capital-sede. O diagnóstico está concluído e as sedes devem apresentar o resultado ao Ministério em agosto. “O Ceará não tem grandes problemas”, garantiu o secretário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário