sábado, 9 de julho de 2011

Ceará terá 103 projetos inscritos no leilão de energia eólica

No último leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para contratação de energia gerada por fontes alternativas em 2010, o Ceará conseguiu aprovar apenas cinco projetos. A nova edição do leilão, em agosto deste ano, é a chance de se recuperar. Serão lançados 103 projetos somando 2,42 mil megawatts (MW) de capacidade instalada.

No ano passado, o Rio Grande do Norte levou a melhor e o Ceará espera recuperar os investimentos perdidos. Impasses ambientais foram considerados o maior motivo para a queda de projetos cearenses. A participação do estado em leilões do setor caiu 88,57% entre 2004 e 2010. O Ceará respondia por 63,9% dos contratos assinados e no ano passado, o percentual caiu para 7,3%.

Os projetos inscritos no leilão este ano somam 27,56 mil mw de capacidade instalada, entre térmicas a gás natural e a biomassa, usinas eólicas, pequenas centrais hidrelétricas (PCH) em duas categorias: A-3 e energia de reserva (LER). O primeiro leilão (A-3) será aberto a todas as fontes de energia para empreendimentos que entrarem em operação a partir de 2014. O LER será destinada exclusivamente para a energia eólica e a biomassa.

Reunião
Secretários estaduais ligados ao setor de energias do Ceará e Piauí se reuniram ontem com representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A reunião, que contou com representantes do Ministério das Minas e Energia, da Coelce, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Agência Reguladora dos Serviços públicos Delegados do Ceará (Arce) e representantes da classe empresarial decidiu a criação de grupos de trabalho para analisar a situação da energia no nordeste.

Adail Fontenele, secretário estadual da Infraestrutura, disse que os principais problemas levantados foram a deficiência em alimentação de energia, problemas de ordem ambiental e limitações de algumas empresas.

Para Adail, o cenário atual de engenharia no Nordeste é de progresso acelerado, com novas linhas de transmissão de energia.

Entre os projetos futuros, está a intenção de criar pequenas centrais hidrelétricas (PCH). O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp disse que a previsão é de que reuniões como essa aconteçam a cada três meses para discutir assuntos pontuais e propostas a longo prazo.

Em relação ao andamento dos grupos de trabalho para a Copa 2014, Adail disse que o ministério de Minas e Energia encomendou oito relatórios, um para cada capital-sede. O diagnóstico está concluído e as sedes devem apresentar o resultado ao Ministério em agosto. “O Ceará não tem grandes problemas”, garantiu o secretário.

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