domingo, 3 de julho de 2011

Demora na habilitação técnica deixa leilão de energia A-3 e de reserva para agosto


Os leilões de energia de reserva e de A-3 - que contratarão usinas para entrada em operação daqui a três anos - não acontecerão mais em julho, como o governo pretendia. Para a realização dos certames, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) precisa aprovar os editais com ao menos 30 dias de antecedência. Como isso ainda não aconteceu, a data esperada ficou inviável e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão de planejamento do Ministério de Minas e Energia, já admite que a licitação ficará para agosto.
"Deve sair uma portaria amanhã comunicando que o leilão vai sofrer um adiamento. De fato, os editais deveriam sair até hoje (quinta-feira, 30/6), mas já houve um acordo entre EPE, MME, Aneel e CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) para que o certame aconteça em agosto", explica o diretor de energia elétrica da EPE, José Carlos de Miranda.
De acordo com o executivo do órgão, o principal motivo para o não cumprimento do cronograma foi "a quantidade de projetos muito grande" inscrita para o certame. São 582 empreendimentos que somam 27.561MW e que precisam passar por uma habilitação técnica antes da licitação. "A EPE é uma empresa pública. Temos uma limitação de quadro e precisamos, com o quadro que temos, de mais tempo para analisar tudo", aponta Miranda.
O diretor, porém, destaca que o trabalho a ser feito "demonstra o sucesso dos leilões e do modelo, o interesse dos investidores em participar dos negócios". Segundo Miranda, a habilitação técnica segue "em pleno andamento". na EPE. "Estamos em um processo de analisar toda a documentação apresentada, as tecnologias. As medições de vento, no caso das eólicas, a disponibilidade de combustível, no caso das térmicas. É um processo normal, e tem que ser feito com cuidado, com atenção".
Os certames terão 10.935MW em parques eólicos, 10.871MW em termelétricas a gás natural e 4.580MW em usinas a biomassa. Além disso, ainda se inscreveram 725MW em pequenas centrais hidrelétricas e 450MW referentes ao projeto de expansão da hidrelétrica de Jirau, que está sendo construída no rio Madeira, em Rondônia. 

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