Atraso nas Linhas de Transmissão |
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revelou preocupação com o andamento das obras de linhas de transmissão no País. A questão veio à tona durante julgamento de pedido da Água da Pedra Energética, responsável pela construção da hidrelétrica de Dardanelos, no Mato Grosso. A usina está pronta há meses, mas aguarda a conclusão da linha que vai escoar sua energia para o sistema. Esse empreendimento está sendo tocado por outra companhia, a Empresa Brasileira de Transmissão de Energia (EBTE), que não consegue avançar devido a problemas ambientais.
O diretor lembrou que, no caso da usina de Dardanelos, os empreendedores tiveram de abrir mão de celebrar um contrato que, por parte deles, foi cumprido - no caso, o de entrega de energia às distribuidoras, firmado no momento em que a usina foi licitada, em 2006.
O diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, se disse menos pessimista e afirmou que acredita em uma melhora no processo. "Temos qua questionar o problema como um todo. É preciso que tenha análise de causas e consequências". O diretor lembrou também que tais entraves abrem a possibilidade de as empresas acionarem o governo na Justiça, uma vez que terão prejuízos não previstos. Ele também ponderou que o atraso na operação de uma hidrelétrica pode também acarretar custos ao sistema pela necessidade do acionamento de usinas térmicas, que geram energia mais cara.
Quem pode enfrentar complicações parecidas são os investidores por trás das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, que estão sendo construídas no rio Madeira, em Rondônia. Ao mesmo tempo em que as obras avançam e as empresas falam em adiantar a geração de energia, os empreendedores que construirão a linha que vai conectar as usinas aos centros de carga, na região Sudeste, ainda não têm licença ambiental para iniciar a implantação do empreendimento.
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