sábado, 12 de fevereiro de 2011

Projetos Para PCHs no Paraná

O Paraná tem cerca de 140 projetos para construção de Usinas Hidrelétricas de Pequeno porte (PCH – Pequenas Centrais Hidrelétricas). Os projetos, que estavam estagnados desde 2003, poderão finalmente sair do papel. O Instituto Ambiental do Paraná, IAP, acaba de anunciar que vai retomar os protocolos de liberação das licenças ambientais para a implantação dessas usinas.
De acordo com o CERPCH – Centro Nacional de Referência em Pequenas Centrais Hidrelétricas – essas usinas têm como principal vantagem o fato de representarem pouco impacto ambiental. O fato de voltar a investir nessas obras pode fazer com que o Paraná venha a ser considerado exemplo para o país na geração de energia elétrica. O estado tem hoje o segundo maior potencial ainda não explorado para PCHs, ficando atrás apenas de Minas Gerais. A geografia e a hidrografia paranaenses são favoráveis para os empreendimentos. Por isso, o Estado pode se beneficiar direta e indiretamente. Além de gerar energia limpa, sem agredir o meio ambiente, o Paraná irá contribuir para o progresso do país, gerando emprego e renda em diversos setores envolvidos.
Para ser um negócio seguro - A construção de uma PCH envolve investimentos relativamente baixos, se comparados a uma usina hidrelétrica tradicional. Conceitualmente, uma PCH deve ter potência entre 1 e 30 MW. Estima-se que o custo de construção e implantação gire em torno de R$ 5 milhões por MegaWatt, o que significa que uma usina deste tipo custe de R$ 5 milhões a R$ 150 milhões. Isso sem contar os custos relativos à compra das áreas e os custos da burocracia envolvida.
Em uma obra assim há riscos envolvidos em pelo menos cinco etapas: elaboração do projeto, liberação do projeto junto à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), construção propriamente dita, instalação de equipamentos e maquinário e testes. “Para se proteger desses riscos, o investidor deve ser prudente ao se garantir contra eles: eliminando-os, prevenindo-os, transferindo-os ou mitigando-os”, afirma Adriano Valente Rocha, diretor da ValenteRocha Consultora e Corretora de Seguros. Os seguros são a ferramenta de melhor relação custo-benefício para a proteção nesses casos, de acordo com o especialista. “São acessíveis, proporcionam coberturas abrangentes e, de forma geral, garatem o capital investido, melhorando as condições de retorno e rentabilidade do empreendimento”, diz.
Na etapa de projetos, o investidor pode contratar ou exigir de seus projetistas coberturas de seguro para os riscos de erros de projetos, que vão desde o dimensionamento até a sua equalização. Já na etapa de aprovação junto à Aneel, o investidor pode se beneficiar das apólices de garantia de projeto, que lhes faz economizar, ao substituir as exigências de caução por apólices de seguro, aumentando a liquidez do empreendimento. Nas fases de construção, instalação e testes, os riscos são potencializados, pois se juntam as probabilidades de prejuízos, erros de projetos, eventos da natureza e falhas de instalação. Por isso, o investidor pode ficar vulnerável se não tiver a garantia de um bom seguro de riscos de engenharia.
“As seguradoras que entendem essas etapas estão prontas para assumir os riscos desses empreendimentos e garantir os investidores. A maioria delas mantém equipe especializada de engenheiros que sabem interpretar as informações e adequá-las às ferramentas de seguro disponíveis no mercado.Por isso, as apólices geralmente atendem às exigências de investidores, entidades financiadoras, fornecedores e demais envolvidos no processo, até mesmo o governo”, sintetiza Valente Rocha.
Depois de concluídas as obras, a usina finalmente entra em operação, mas ainda há riscos envolvidos no processo, como acidentes ambientais, quebras de máquinas, interrupção na geração de energia, entre outros. Para esses eventuais problemas, há também apólices específicas de seguros – conhecidas como seguros de operação - que podem garantir inclusive a compra de energia de um terceiro em caso de acidentes cobertos pelo seguro contratado.


fonte ( http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=146398 )

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